O meu filho Ziggy veio parar na minha vida durante a pandemia em 17 de junho de 2020. Há um pouco mais de um ano eu tinha perdido a minha cachorrinha Lolita, que herdei da minha tia que faleceu. A Loli era minha filhinha querida e morri de saudades. Pensei por muito tempo se adotaria outro cachorrinho ou não. Um dia vi que as gurias do de um outro projeto precisavam de ajuda para pagar as contas veterinárias e fui até a Clínica Don Canino para pagar uma parte. Eu poderia ter enviado um pix, mas algo me dizia que era melhor ir pessoalmente. Quando cheguei lá apareceu a Martinha, com aquela coisinha tão pequeninha, tão vulnerável, os olhinhos mais lindos que eu já vi. Como não amar?
E meu filho chegou assim, magrinho e sofrido, esfomeado e com os olhos machucados. Quase sem pelo e aparecendo os ossinhos. Aquelas costelinhas são fininhas que parecia que iam quebrar só de tocar.
No início ele ficou quietinho, na caminha dele, comia tudo que eu dava, desesperado de fome. Tadinho, até então vivia de comer o que ele achava no lixo