Juliana e Penny, Amy, Sheldon e Lucky

Amor incondicional
Adotar um animal é a certeza de ter amor incondicional e companhia nas horas boas e ruins. Desde criança sou apaixonada pelos animais, e adotei dois cachorrinhos na infância, que já viraram lindas estrelas. Mas meu amor pelos gatos começou com a minha irmã, que teve a coragem de adotar uma gatinha sialata, a Nina, mesmo com todos os mitos que tínhamos na cabeça sobre o comportamento felino. A Nina me mostrou que gato é afetuoso sim, confiável e carinhoso, ainda que de uma maneira completamente diferente dos cães. Em 2020, fui morar com o meu noivo, e um mês antes da mudança, uma olhadinha no Facebook mudou as nossas vidas: vi, por acaso, a foto da gatinha adulta “Dona Xica”, que estava para adoção, e me apaixonei pelos seus lindos olhos verdes. Foi amor à primeira vista! Quando fomos no abrigo visitá-la, ela veio pedindo carinho como se já soubesse que tinha entrado para a família e já atendia pelo seu novo nome, Penny. Por ter sido regastada de maus-tratos, ela estava um pouco assustada no início, mas com muito amor e um pouco de paciência, logo Penny se tornou a gatinha carinhosa e ronronenta que é hoje. Um pouco mais de um mês depois, outro amor à primeira vista: a “Mãezinha”, gatona adulta maravilhosa que já estava no abrigo há meses, conquistou meu coração com seus doces olhos verdes no Facebook. No mesmo dia já fui buscá-la e ela já chegou aqui em casa com tanta confiança que pareceu que ela morava lá de outras vidas. Rebatizada de “Amy”, ela é um grudinho e dorme sempre de conchinha com o meu noivo. Um ano depois, já muito feliz com as minhas gatinhas, comecei a sonhar todas as noites com um gato preto de olhos verdes. Após três meses de sonho, uma aluna querida me mandou uma mensagem despretensiosa: “prof, conhece alguém que quer gatinhos?”, junto com a foto de cinco filhotes, que ela resgatou em um saco de lixo num terreno baldio. E entre os filhotes, um único ainda não tinha sido adotado: ele mesmo, meu pretinho de olhos verdes, o Sheldon. Foi uma delícia diferente criar desde filhotinho, e o Sheldon é o guardião da casa, protetor da nossa família e maquininha de ronronar. Quando achamos que a família estava completa, atendi a um pedido de lar temporário para uma gatinha filhote, que era a última de 20 frajolinhas que foram resgatos de maus-tratos numa chácara. Mas não deu uma hora e já sabíamos que era para sempre: com um miadinho e duas piscadelas dos seus incríveis olhos verdes, Lucky entrou para nossa família. Carinhosa, curiosa e minha chicletinha, ela é o amor em forma de gata. É maravilhosa a companhia dos meus gatinhos, e sou muito privilegiada de ter esse amor tão puro e genuíno desses seres iluminados. Sou muito grata a todos que contribuíram para tornar minha família completa, em especial a Marta, que resgatou, cuidou e me confiou Penny e Amy. Meus gatos retribuíram o resgate nos resgatando e eu não sei o que seria de mim sem eles. O amor dos meus adotados me ajudou a sobreviver à pandemia e a combater minha depressão. O cuidado que oferecemos aos animais ao adotá-los chega a ser pouco quando comparado ao amor incondicional que recebemos de volta. Adote!