“Me chamo Viviane, tenho 4 filhos caninos, todos adotados, mas hoje vou contar a história do Noah, que adotei com o projeto.
Em julho de 2020 me disponibilizei para um lar temporário.
Vi uma postagem no Facebook de um bebê que seria resgatado em um dia muito frio, mas para isso, precisava de um lugar para ficar provisoriamente.
Algo acelerou meu coração, e eu disse: tenho um espacinho aqui para ele.
Como nem me passava pela cabeça adotar um cachorrinho macho, pois já tínhamos um macho bem territorialista, fiquei bem tranquila ao receber o filhotinho.
Ele era tão pequeno, ainda nem sabia tomar água e já tinha conhecido a maldade humana.
Seu corpinho tinha muitas pulgas, e mesmo com remedinho e um banhinho gostoso antes de vir para minha casa, quando ele chegou, a cobertinha dele era forrada de pulgas que iam caindo por causa do remédio.
Foram várias noites em claro, ele chorava muito, minha filha e eu nos revezávamos para cuidar dele, pois mesmo sem parasitas, ele se coçava sem parar, a ponto de provocar lesões na pele. Levei na vet, fez medicação, mas parece que piorou a coceira, levei novamente para consulta, e veio o diagnóstico, sarna demodécica, teria que tomar medicamento de controle de parasitas e sarna para sempre, pois essa sarna volta se baixar a imunidade do animalzinho.
Nesse tempo, já tinham se passado uns 15 dias, e eu me recusava a dar um nome a ele, chamávamos de “Coiso”, de “Pulga”, um mecanismo de defesa para não nos apegarmos a ele.
Foram aparecendo possíveis adotantes, e todos eu achava um defeito.
Um mês depois, pedi para tia Martinha dar um tempo nas postagens e iniciamos uma adaptação com John, o nosso cachorro adulto e porte grande, que já tínhamos, e que nunca tinha aceitado nenhum filhote, mas como mágica, fez amizade com o filhote.
Começamos a chamá-lo de Noah e se tornou mais um membro de nossa família e amigo inseparável do John.”